26 agosto 2008

Ponte Romana de Nossa Senhora da Enxara

Situada num dos lugares mais conhecidos pelos campomaiorenses, eis que apresento mais um monumento, raro na sua beleza e único no concelho... e com muitos anos, diria mesmo milénios, a Ponte Romana de Nossa Senhora da Enxara, sobre o Rio Xévora.

Numa pesquisa recente encontrei este material, futuramente publicarei fotos da minha autoria, por enquanto ficam estas que ilustram bem a sua forma, a sua existência...






O material agora exposto foi encontrado no site do IPPAR, com a seguinte descrição:
Ponte de Nossa Senhora da Enxara, sobre o Rio Xévora, situa-se sobre o rio Xévora, junto a Ouguela e ao Santuário de Nossa Senhora da Enxara, freguesia de S. João Baptista, concelho de Campo Maior, distrito de Portalegre e encontra-se em vias de classificação como Imóvel de Interesse Público.

Ponte de cronologia ainda incerta, bastante arruinada, de que resta intacto apenas um arco de volta perfeita, situar-se-ia no itinerário da via romana que se encaminharia da capital provincial, Emerita Augusta, para Olisipo. Os vestígios conservados permitem antever uma construção de grande volumetria e extensão, vencendo o largo leito do rio actualmente desviado.

3 comentários:

Três horas da manhã disse...

Ouvi falar, que iriam ser feitas algumas obras para melhor salvaguardar a interioridade do que resta da ponte, não sei ao certo quando as mesmas terão inicio.

JPS disse...

Passei por lá na semana passada. É difícil imaginar que aquilo era uma ponte. É uma ruina completamente arruinada.

siripipi alentejano disse...

Ao ler o texto e apreciar as fotos, senti-me na obrigação de elucidar o João Paulo àcerca de trabalhos arqueológicos que foram efectuados há pelo menos cinco anos. Durante mais de um mês uma equipa do IPPAR esteve no terreno, recuperou e consolidou parte da ponte e pôs a nu outros elementos,nomeadamente o traçado da estrada romana que dava acesso à ponte. O que ali está é efectivamente o produto do trabalho desenvolvido, contudo, é de lamentar que não tenha tido continuidade.
Eu assisti a esses trabalhos, pois nesse local, junto do ribeiro e debaixo de uma grande azinheira existia a barraca dos Pancinhas (infelizmente levada por uma cheia do Xévora), grupo de campomaiorenses que aos fins de semana e feriados alí conviviam, nesse altura os arqueólogos privaram conosco e solicitaram-nos para não deteriorarmos os trabalhos, pedindo-nos para sermos guardas daquela estância arqueológica.
É pena que esse trabalho tenha ficado por ali, a ponte romana e estrada são um legado histórico de grande importância.
Campo Maior, 29 de Agosto de 2008
siripipi-alentejano