31 outubro 2009

Um à parte [15]... "Caim"


Criada com o objectivo de ser um á parte no que respeita ao objectivo do blogue, no seguinte post, inserido na rubrica “Um à parte”, pretendo dizer algumas palavras sobre o tema José Saramago e as suas polémicas afirmações.

Muito se tem dito, muito se tem escrito sobre José Saramago e as suas declarações.

Uma coisa é certa, se foi somente para causar sensação e instalar o caos no seio das elites e não só, conseguiu. Conseguiu e de que maneira!

Mas, e perdoem a sinceridade, não será que o homem em causa disse aquilo que muitos pensam e que não têm a coragem de dizer?

Também poderão dizer que foi dito, por assim dizer, num momento menos próprio, aceito perfeitamente! É que após o lançamento de um livro, um novo romance, o objectivo das suas palavras poderiam ter sido o da promoção/marketing e, por consequente, as receitas do mesmo – é correcto sim! Mas já diz o escritor Dan Brown, autor de O Símbolo Perdido editado recentemente, “Por cada crítico tenho mil leitores (…). Eu escrevo os livros que quero ler”. E digo, a mais não é obrigado! Cada um vê o mundo a seu belo prazer. O importante é defender o que é seu, neste caso as suas ideias, as suas afirmações, a sua ideologia!

Mas, lucros e sensacionalismos, divagações e opiniões à parte, o Sr. Prémio Nobel da Literatura de 1998, José Saramago, foi sempre assim polémico! E depois de receber o dito prémio ainda mais! Não era de estranhar. Passemos à frente…

Em democracia, a liberdade de expressão é plena e uma realidade (ainda que em certos aspectos da vida terrena e divina mais parece efémera), por vezes praticada de maneira indecente, no entanto estão no seu direito, basta para tal acarretarem com as respectivas consequências… (e parece que estão a dar frutos – 80 mil exemplares vendidos de “Caim”) Isto tudo porque após muita alegria e muitos elogios, muitos o criticam, ao ponto de o incentivar a renunciar à nacionalidade portuguesa e, inclusive, a escrever noutra língua. Deve ser por estas razões que vive onde vive e não quer regressar… Será? Seremos pequeninos???

Posto isto e para concluir, o Sr. José Saramago é grande escritor, e disso ninguém duvida, ganhou o Nobel da Literatura em 1998 pelo seu valor literário, pela sua luta em prol da liberdade. Mas será necessário tanto alarido? Será necessário darem-lhe tanta “cacetada”? Serão necessário este aumento e relevo de críticas? Não será que quanto mais críticas mais ele cresce, mais ele regozija, mais ele se realiza???

Na minha opinião, modesta, foi assim em certos momentos da História Universal com determinadas personalidades… está a ser assim na literatura mundial, e será assim em muitas outras situações/áreas!

Se não gostam do que diz/escreve, qual a razão de ser tão bem sucedido literariamente?

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