02 novembro 2008

Santuário de Nossa Senhora da Enxara - parte II

Depois de mais uma pesquisa, não é tarefa fácil encontrar material deste tipo nos dias de hoje, porque muita gente pensa que o que é velho não tem valor algum e deitam fora!


Aqui fica mais uma recolha de fotos, feita de forma singela e desprendida de qualquer recompensa e, inclusivé, de qualquer conotação, seja ela qual for... como Sempre!


Mas, acima de tudo e todos, bastante orgulhosa por ser mais uma daquelas recolhas que não fere sensiblidades... e mostra o quanto de importante é para um povo a devoção a um culto, o quanto é importante para um povo preservar a sua memória, a sua História!




antes


actualmente (2/11/2008)

2 comentários:

Três horas da manhã disse...

Este "antes", ou seja a foto mais antiga da NSE parece a foto actual da igreja do Mártir Santo! naõ é?

siripipi alentejano disse...

Era eu bastante novo, talvez entre os 12 e 15 anos, que essa imagem ficou gravada na minha memória. Na altura aquele espaço era explorado pela Família Minas e a Igreja era o redil das ovelhas. Na altura o Padre Daniuel, Pároco de São João, celebrava aos Domingos Missa em Ouguela e numas dessas vezes, convidou-me a acompamnhá-lo. Num Domingo cuja data não me recorda disse-lhe para irmos à Enxara e ele que já conhecia o local afirmou-me que iria tentar recuperar a Igreja, mas para tal teria que falar com os detentores da posse, o que iria ser difícil. Nessa altura já se passava a Páscoa na Enxara, não tão concorrida como agora e como é sabido nessa época imperava a ditadura e os ricos tinham um grande poder, a verdade é que o Padre Daniel por ser amigo do Povo e ter iniciado a luta de recuperação da Igreja, a pedido dessas senhores, foi transferido para a Diocese de Évora tendo falecido por altura do 25 de Abril.
Mas voltando à minha juventude e à época do Padre Daniel, numa semana de Páscoa, um grupo de Campomaiorenses resolveram fazer uma procissão tendo servido como imagem viva o falecido Fialho. O que sudedeu é que a GNR prendeu alguns dos participantes tendo mesmo chegado a serem punidos judicialmente.
Finalmente pode-se afirmar que o estado actual da Ermida é fruto da intervenção do Padre Daniel e da aludida procissão, foram estes factos que motivaram este movimento reivindicativo que culminou com a entrega da Igreja ao Culto e ao Povo de Campo Maior. Hoje é um espaço aprazível que é procurado quase diariamente, mas não podemos de deixar o nosso Bem Haja à Comissão Fabriqueira que gere a Igreja.
siripipi-alentejano